Jornal DIÁRIO DA REGIÃO
A História lida com o prazer que só a literatura provocaPor Igor Galante
A História pode até não figurar tanto na lista de disciplinas “non gratas” quanto outras - como a Matemática, por exemplo. Mas há, sem dúvida, quem não goste dela. Para estes, o professor Bruno Abramo de Ramos tem um plano: estimular, por meio da ficção, o prazer pelos fatos históricos, mais como uma experiência literária do que didática. Seu livro, “Betinho e o Batel do Tempo na Viagem de Cabral”, vai bem ao encontro desta idéia. O lançamento acontece hoje, a partir das 20 horas, no Centro Cultural “Daud Jorge Simão”. Betinho é esse menino esperto que, interessado em conhecer a história do Descobrimento da forma como está relatada nos documentos "A Carta de Pero Vaz de Caminha" e "Relação do Piloto Anônimo” (esse último, aliás, foi que inspirou Ramos a mergulhar no projeto).
No quintal de casa, Betinho inventa uma máquina do tempo que o leva ao tempo dos navegantes de 1500, numa aventura ao longa da qual se encontra com personagens fictícios e histórios como Frei Henrique de Coimbra e Pedro Álvares Cabral. Ramos havia lançado em 2002 “A Viagem de Cabral - Betinho e sua Máquina do Tempo”. Sabia que tinha uma idéia muito boa nas mãos, mas o acabamento do livro não correspondia à altura. Resolveu preparar uma nova edição. “Betinho e o Batel do Tempo na Viagem de Cabral” nada mais é do que uma versão ampliada e revisada da obra de 2002. “Houve mais pesquisa, há novos personagens, idéias novas. Além do que o livro agora vem todo ilustrado (pela artista Mileny Goto) e com uma seção tipo passatempo, como uma brincadeira com placas de rua com referências portuguesas do bairro Estoril e um mapa do itinerário de Cabral”, diz o autor."
Gostei de ler este livro, principalmente porque ensina, porque diverte, porque faz a imaginação voar em aventuras" diz o professor Antonio Manuel dos Santos Silva, que escreve a apresentação da obra. Outros especialistas participaram da confeção do livro, como a professora Claudia Zavaglia, que responde pela revisão de italiano (das conversas com Américo Vespúcio) e a professora Fabíola de la Cruz Coronado Franco pela de espanhol (nos diálogos com o imediato de Cabral, Sancho de Tovar). “Além deles, também o professor Rubens Frias. Sem as dicas de estilo dele, o livro seria um amontoado de cacofonias e repetições”, confessa Ramos. A obra foi editada em uma gráfica de Uchoa e sai com uma tiragem de mil exemplares. Bruno Abramo de Ramos tem 44 anos e é professor de inglês, alemão e espanhol. Nasceu em Itapetininga, mas há oito anos vive em Rio Preto.
Serviço:Lançamento do livro. Hoje, a partir das 20 horas, no Centro Cultural de Rio Preto. Telefone (17) 3215-1800
Abaixo, algumas ilustrações do livro
(As imagens não estão muito boas, mas dá pra ter uma noção)